Se você tem a oportunidade de ser feliz, por que não ser?

E, então você amadurece e muda.
E, não muda só no comportamento, mas no jeito de amar.
Você se ama, e assim, pode dar tudo de si para o outro.
Entende que todos passam pelas mesmas coisas que você, ou pelo menos, passam por coisas parecidas.
Quando você era mais novo, acreditava que amar era se apaixonar. Que a essência do amor era aquela sensação de estar constantemente preso em uma montanha russa de borboletas no estômago
Não a calmaria de um domingo de manhã.
Você não conseguia entender porque seus relacionamentos eram inconstantes e viciosos. Se perguntava porque sempre se metia em rolos e não conseguia se livrar daquilo que te fazia mal.
Cada vez mais emporcado naquele lixo mundano e tóxico.
Porque naquela época, você menosprezava quem te tratava com todo amor e cuidado do mundo, e dava valor pra quem vivia te alimentando com desculpas.
O amor chega com o tempo.
E, não digo apenas amar um(a) companheiro(a). Eu digo amar mesmo.
Amar a vida.
A natureza.
Os detalhes.
A diferença.
Simplesmente, amar.
Quando a gente cresce, descobre que a pessoa que se ama precisa te trazer paz diante de todos os problemas ao seu redor. E, não só paz, mas liberdade para ser o que se é, sem tirar nem colocar. Ela precisa te respeitar e te incentivar a ser melhor, sempre. 
Precisam estar na mesma estrada, entende?
Valorizar alguém é fazer o outro se sentir especial em qualquer momento. Fazer com que ele entenda que no meio de toda multidão, ele não é só mais um.
É difícil a gente reconhecer, é mesmo, principalmente porque precisamos mudar velhos hábitos para que possamos limpar nossas vistas e ver um mundo totalmente diferente e novo. Um mundo onde nós aceitamos o amor que achamos que merecemos.
E, se você não reconhece o seu valor, só vai acabar recebendo amores vazios e incompletos.
A gente tem que estar bem consigo mesmo, se conhecer, se amar, para que quando o outro aparecer, possamos reconhecer e transbordar juntos.
Ah, também aprendi a não temer.
Aos poucos a gente cresce e encontra a estrada que nos faz caminhar cada vez mais pra frente.
A gente teme quando reconhece que algo é bom demais, nos afugentamos. E, daí magoamos quem nunca quisemos ferir.
Eu creio que nos acostumamos tanto a perder, a seguir o mesmo roteiro, a saber o final eminente de sempre; que quando ganhamos algo tão bom, parece impossível demais para ser verdade. Então, recorremos ao passado, muitas vezes, inconscientemente.
É, eu sei. Demora para vermos tudo isso, porque precisamos nos confrontar de frente. Enfrentar nossos próprios demônios, que nos fazem sentir malvados ou não merecedores de nada.
Olha, a jornada vai ser dura, e longa, mas vale a pena quando você deixa tudo isso de lado, toda essa visão de que é sempre a mesma coisa.
É comum que quando o momento de ser feliz finamente chega, nós o renegamos, protelando nossa felicidade. 
É como aquela história do pescador que pede para Deus o salvar. 
"Deus manda três barcos ao resgate de sua embarcação e o pescador recusa a ajuda dizendo que Deus vai salvá-lo. Quando ele chega no céu pergunta a Deus porque Ele não o salvou, e Deus responde dizendo que mandou três barcos ao seu resgate e ele não aceitou."
E, é assim na vida e no amor. Muitas vezes acabamos ignorando nossa chance de ser feliz porque ainda estamos cegos demais procurando por algo que já temos.
Sabe, quando de repente tudo parece certo e harmônico, quando tudo que se sonhou caí de bandeja nas nossas mãos, quando se nota que você tem a chance de ser feliz com o que está a frente? Acaba parecendo loucura! É simplesmente ameaçador demais, porque nossa mente diz que o nosso forte é nosso erro.
Uma lição que eu deixo para toda essa reflexão é: se arrisque!
Não se martirize pelos seus erros do passado, pelas inúmeras repetidas vezes que não deram certo, não perca a chance de ser feliz por achar que sua hora não chegou, ou nunca vai chegar.
Se você tem a oportunidade de ser feliz, por que não ser?

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ABOUT THE AUTHOR

Criadora do blog em 2014. A desastrada da família com coração grandão. Apertadora de bichanos em tempo integral. Vivendo na cidade grande, mas com o coração na calmaria de um pôr-do-sol. Aprecidadora de sons parisienses, jazz e cappuccinos no outono. ♥

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