Pra onde eu devo ir?

Se dizem que existe apenas um caminho a seguir, por que ao longo dos anos nos perdemos?
Como um machucado que cicatriza e a marca permanece, nos apegamos ao que ficou.
Já percebeu em como as coisas simples se tornam complicadas quando acumuladas?
Minha decisão de querer chegar rápido parece não me afetar agora, mas depois de tanto escolher a velocidade, ao invés do percurso, noto que nada disso importou se estive (o tempo todo) do lado contrário.
Talvez, tenha sido pela falta de amor, ou de valor.
Talvez, tenha sido pela atenção em abundância, ou a criação mimada.
Talvez, tenha sido pelo grito abafado que não foi ouvido, ou pelo silêncio.
Talvez, a razão tenha tomado o lugar da fé, ou quem sabe, foi a dor em esperar por algo que nunca chegou...
Pra onde eu devo ir?
Sinto que somos arrastados pelas circunstâncias.
Pelas batalhas que enfrentamos.
Pela vida que não saiu como planejado.
E, esquecemos que nossas pequenas atitudes ou decisões são o que determinam onde chegaremos.
Às vezes, eu deito na grama e estendo minha mão para o céu, tentando comparar (por mínimo que seja) a imensidão daquele azul com uma pequenininha como eu. E, não consigo.
Não consigo porque é demais para mim. 
É surreal tentar entender cada detalhezinho delicado dessa terra.
Então, só observo, admiro e amo.
Quanto mais sentirmos, mais perto de entender estaremos...
Se alguém nunca sentiu o amor, como saber o que e como ele é?
A beleza da vida está em voltar. E, nunca será tarde demais para isso.
Se foi por um descuido, um deslize, uma rotina já enraizada ou até o piloto automático do dia a dia... não importa!
Sempre haverá um espacinho de um futuro real para você!
Palpável, concreto e vivo!
Então, quando sentir a vida transcorrer cada pedacinho seu, as respostas não terão importância diante da imensidão do a(mar).




Share this:

ABOUT THE AUTHOR

Criadora do blog em 2014. A desastrada da família com coração grandão. Apertadora de bichanos em tempo integral. Vivendo na cidade grande, mas com o coração na calmaria de um pôr-do-sol. Aprecidadora de sons parisienses, jazz e cappuccinos no outono. ♥

0 comentários :

Postar um comentário