Neve branca ♥

Foi num sábado de Abril que a felicidade bateu à porta, ou melhor dizendo, foi andando desatenta que ela me encontrou.
Eu estava por aí correndo quando ela me fez parar e respirar.
Desacelerei e tentei reconhecê-la.
Minha visão era embaçada e turva, então meu esforço requereu mais intensidade.
A felicidade vem para muitos, mas de modos diferentes.
Às vezes ela fala, outras não.
Porém, ela sempre ama.
E, seu amor é tão presente que se torna palpável.
Se torna presença.
Se torna permanência.
Se torna essência.
Eu fui amada inocentemente pela felicidade, na verdade, ela me ensinou o que era amar.
Confesso que levou tempo e esforço, mas ela aceitou esse meu jeito torto que aperta quando ama.
Nos conhecíamos já faziam dois anos, e ela tinha data de aniversário e tudo.
Datas especias precisam ser comemoradas, não é mesmo?
São importantes...
Por mais que, na maioria das vezes, eu não a entendesse, ela me entendia e um olhar bastava para que meu dia frustrante se transformasse em flor.
A felicidade transformou minhas trevas, minha solidão e meu desapontamento... em luz, companheirismo e gratidão.
Ela me ensinou a agradecer pela simplicidade da vida.
E, sua inocência me fazia pensar que o mundo era um lugar ao qual se valia à pena lutar.
Hoje, eu precisava escrever para eternizar a alegria que ela me trouxe.
A felicidade precisava ser lembrada em tempos como esses.
Ela precisava ser dita para que houvessem pessoas boas para defendê-la.
A felicidade precisava ser ressaltada quando o frio parece machucar demais.
E, eu sei que se a felicidade pudesse ser vista, a minha (com certeza) seria branca como a neve ♥



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ABOUT THE AUTHOR

Criadora do blog em 2014. A desastrada da família com coração grandão. Apertadora de bichanos em tempo integral. Vivendo na cidade grande, mas com o coração na calmaria de um pôr-do-sol. Aprecidadora de sons parisienses, jazz e cappuccinos no outono. ♥

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